“As vendas começaram já no ano passado, especialmente nas duas últimas semanas de agosto, na primeira de setembro, nas três primeiras semanas de outubro e espalhadas por novembro. Refletindo basicamente os movimentos da taxa de câmbio. Entre dezembro de 2019 e todo o ano de 2020 houve momentos de venda com picos alternados na CBOT, prêmio e câmbio”, explica Flávio Roberto de França Junior, coordenador da DATAGRO Grãos.
Acompanhando o cenário positivo do mercado, as vendas da safra 2021/22, que será plantada apenas a partir de setembro do ano que vem, também já começaram a ser registradas no país. “Por enquanto, os negócios se concentram em Mato Grosso, onde já se fala de compromissos antecipados de 5% a 7% da safra 2021/22. Em Minas Gerais, onde se fala em 3% a 5%. E em Goiás, de 1% a 2%”, afirma França. Já a comercialização da safra 2019/20 de soja caminha para a finalização, com 98,1% da produção esperada.
Comercialização de milho no Brasil
Os negócios com o milho de verão da safra 2019/20 no Centro-Sul do Brasil também caminharam lentos e de forma regionalizada nas últimas semanas, com alta de pouco mais de um ponto percentual sobre o levantamento do mês anterior, atingindo 95,3% da produção. O percentual ficou abaixo do avanço de cinco pontos percentuais em igual momento de 2019, por exemplo. Nesse período, o comprometimento era de 84% no ano passado e a média histórica é de 89,8%.
Por outro lado, o comprometimento da safra de inverno 2020 de milho no Centro-Sul teve avanço acima da média, para 83% da produção na apuração até o dia 2 de outubro, sobre 76% no mês anterior e média de 73%, segundo apuração da DATAGRO. As vendas, inclusive, superam o pico anterior de 2016 (78%).
“O desempenho mais expressivo sobre a normalidade está relacionado com o forte ritmo de vendas em Mato Grosso, que já atinge 96% de comercialização, e em Goiás com 80%. Mais atrás aparecem São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul”, destaca França.
Fonte: DATAGRO / Em Notícias Agrícolas